Pé Plano

O pé plano, também conhecido como pé chato, é a condição na qual o paciente possui uma diminuição do arco plantar medial, gerando uma área de contato maior do pé com o chão. 

O que causa esta condição?


Um bebê nasce com o pé plano e cria o arco plantar por volta dos 7 anos de idade. Algumas crianças persistem sem a formação deste arco. A causa mais comum de pé plano infantil, ocorre devido à barra óssea (coalizão tarsal) formada entre dois ossos do pé. A coalizão tarsal não possui causa específica, possuindo um componente genético associado.


O pé plano no adulto foi inicialmente descrito como a insuficiência do tendão tibial posterior, que é responsável pela estabilização primária do arco plantar. Porém, se sabe que hoje existem diversas outras causas, como a frouxidão ligamentar, presença de ossos acessórios , idiopático e causas traumáticas.


A causa mais comum de pé plano do adulto é a insuficiência do tendão tibial posterior, conhecida como pé plano adquirido adulto.


Hoje, se sabe que o pé plano adquirido do adulto é uma deformidade progressiva que envolve tantas outras estruturas, por exemplo:


  • O complexo ligamentar da mola;
  • Subluxação das articulações talonavicular;
  • Subluxação da subtalar.

Curiosidades: Quando o músculo tibial posterior é tensionado, ele realiza a inversão da subtalar (articulação entre o osso do tálus e o calcâneo) causando o bloqueio das articulações do tarso, prevenindo a perda do arco medial.

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Fatores de risco para o pé plano adquirido do adulto

As pessoas que têm maior chance de desenvolver este problema na idade adulta são:

  • Aqueles que tinham plano prévio;
  • Obesos;
  • Pessoas com predisposição genética;
  • Indivíduos com presença de área de hipovascularização.

Quais sintomas do pé plano?

Os sintomas podem variar conforme os estágios da doença. Assim, alguns sintomas identificados nesse quadro são:

  • Deformidade em valgo do retropé;
  • Edema (inchaço) da região;
  • Sensação de aumento de volume na região medial (interna) do tornozelo;
  • Abdução do antepé (parte da frente do pé aponta “para fora”);
  • Impacto da fíbula distal no calcâneo;
  • Dor à palpação retromaleolar lateral.
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Como é feito o diagnóstico?


O diagnóstico é feito pelo exame físico completo associado às radiografias do pé e tornozelo com carga.


Além disso, a ressonância magnética pode confirmar a patologia do tendão tibial posterior e lesão do complexo ligamentar mola, porém não é um exame obrigatório.


Realizar um diagnóstico correto é essencial para definir o tratamento, por isso, sempre procure um atendimento médico especializado.


Como é o tratamento do pé plano?

Embora muitas pessoas pensem o contrário, o tratamento desta condição nem sempre é cirúrgico.


Assim, a terapia prescrita depende do estágio da lesão, podendo abranger fisioterapia com uso de órtese, osteotomias com retencionamento do tendão tibial posterior e do complexo da mola, até a artrodeses.


Mas, em casos aplicáveis, podemos optar pela abordagem cirúrgica.


Tratamento cirúrgico do pé plano

Quando não obtemos sucesso com a abordagem conservadora, podemos indicar a cirurgia.


Assim, durante o ato cirúrgico podemos realizamos algumas abordagens:

  • Osteotomias varizante do osso do calcâneo (corte ósseo cirúrgico do osso do calcâneo com o objetivo de corrigir o eixo de carga);
  • Alongamento ósseo da coluna lateral do calcâneo, corrige a abdução , deformidade que afasta a parte anterior do pé do outro pé;
  • Retencionamento do tendão tibial posterior e ligamento mola.

Busque sempre auxílio médico

O pé plano é uma condição que, sem o tratamento adequado, diminui a qualidade de vida do paciente, com piora ao longo do tempo.


Então, busque ajuda médica especializada o quanto antes para realizar a abordagem terapêutica ideal para o seu caso.

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